SELEÇÃO VAI BEM, MAS PRESIDENTE DA CBF SÓ FAZ BRASIL PASSAR VERGONHA

Coronel Nunes, presidente da CBF, acumula vexames no exterior (Luiz Castro/VEJA.com)

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Coronel Nunes, foi distanciado do presidente da FIFA, Gianni Infantino, no camarote do estádio Spartak, em Moscou, durante o jogo entre Brasil e Sérvia que valeu a classificação brasileira às oitavas de final da competição. Segundo o protocolo da entidade máxima do futebol, o dirigente da CBF deveria se sentar ao lado do cartola da FIFA.

Com isso, o representante brasileiro escolhido foi Fernando Sarney, vice-presidente da CBF e membro do Conselho da FIFA. Nunes ainda foi preterido por Alejandro Domingues, presidente da CONMEBOL, a confederação sul-americana de futebol. O coronel foi o último a encontrar um lugar para acompanhar a partida.

Nos bastidores do futebol, Coronel Nunes é tido como persona non grata. O presidente da CBF protagoniza vexames e envergonha a seleção brasileira no exterior. Durante o processo para a escolha das sedes da Copa do Mundo de 2026, Nunes rompeu um acordo firmado entre dirigentes da CONMEBOL, que votaram na candidatura tríplice de Estados Unidos, Canadá e México, e optou por Marrocos.

Após o mal-estar instaurado, o representante máximo da CBF não compareceu aos eventos da CONMEBOL na Rússia. O afastamento de Nunes é uma possibilidade aventada entre membros da FIFA e da confederação sul-americana, mas esta é uma pretensão difícil de se tornar realidade, porque Nunes se recusa a abrir mão do cargo. Como presidente da CBF, o coronel recebe um salário de 75 mil reais e tem mandato até abril de 2019.

Além disso, Gilberto Barbosa, conhecido como Giba, assessor de Nunes, agrediu, na sexta-feira, 22, o torcedor brasileiro Alexandre Nazareno com um copo em um restaurante, em São Petersburgo. O presidente da CBF jantava com familiares e assessores quando foi xingado de ”safado” e ”vagabundo” por Nazareno. Irritado com as ofensas, Barbosa reagiu. O descontrole do assessor não foi bem visto pela cúpula da CBF, que optou pelo seu desligamento. Giba foi funcionário da Federação Paulista de Futebol quando a entidade era presidida por Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF, banido do futebol.

Estadão Conteúdo

galego novo dez 17

O PESO DOS IMPOSTOS EM 15 PRODUTOS DA COPA DO MUNDO

 (Leonardo Benassatto/Reuters)

Dentro ou fora de casa, quem for torcer pela seleção brasileira nesta Copa do Mundo provavelmente vai acabar consumindo também. E os produtos associados ao evento não são exceção para nossa carga tributária reconhecidamente alta.

A conclusão é de um levantamento encomendado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

O peso dos impostos chega a 43% do preço do álbum de figurinhas e representa quase metade do valor de uma bola de futebol.

Do preço médio de uma camisa oficial do time, que custa cerca de R$ 250, o equivalente a pouco mais de um terço (R$ 86,67) é carga tributária.

“O que mais onera é a incidência conjunta do ICMS com o IPI, pois os dois impostos possuem altas taxas e por isso vão pesar mais no bolso do torcedor”, explica Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), em nota para a imprensa.

No topo da lista está a caipirinha, com peso dos impostos em 76%, e os fogos de artifício, com peso de 61,56%.

Veja a seguir 17 produtos de Copa do Mundo e o peso dos impostos no preço final de cada um:

Carga tributária dos produtos da Copa do Mundo

Por João Pedro Caleiro – Exame

galego novo dez 17

A MALDIÇÃO DOS CAMPEÕES DO MUNDO

Corea del Sur - Alemania
Kimmich cai durante o transcurso da Coreia-Alemanha AP

Nunca é fácil administrar o sucesso. Nem mesmo no caso da Alemanha, que nunca antes havia caído na fase de grupos de uma Copa do Mundo. A equipe dirigida por Joachim Löw não conseguiu evitar a maldição que persegue as seleções que se apresentam no torneio como campeãs vigentes. Desde 2002, quatro dos cinco combinados nacionais que defendiam o título caíram eliminadas nas primeiras rodadas, ainda na fase de grupos.

No período, só um campeão conseguiu superar a primeira fase após erguer a taça. Foi o Brasil, na Copa da Alemanha de 2006. Antes da seleção canarinha, a França, que havia sido campeã em casa em 1998 – quando foi adotado o formato de Copa com 32 países -, caiu eliminada em 2002 na Coreia e Japão após obter apenas um ponto em um grupo formado por Uruguai, Dinamarca e Senegal.

A partir de 2006, as três seleções que defenderam o título foram eliminadas sem chegar às eliminatórias. A Itália só somou dois pontos na África do Sul, em 2010, num grupo com Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia. Em 2014, a Espanha só foi capaz de obter uma vitória estéril contra a Austrália, após ser derrotada por Holanda e Chile nos dois primeiros jogos. E, nesta Copa da Rússia, a Alemanha não evitou seguir o mesmo caminho que seus predecessores: conseguiu apenas uma vitória e foi a lanterna de um grupo que tinha também Suécia, México e Coreia do Sul.

Por Daniel Gómez – El País

galego novo dez 17

COUTINHO, UM FRANCO-ATIRADOR DE EXCELENTE MIRA

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Para Philipe Coutinho se transferir ao Barcelona era quase uma obrigação porque queria jogar onde alguns de seus ídolos ganharam fama, fortuna e títulos. Por isso, convencido pelo ex-secretário técnico, Robert Fernández, solicitou o transfer request [pedido de transferência] ao Liverpool que por fim não deu certo em primeira instância e sim na segunda, no último mercado de inverno europeu.

Coutinho já era uma estrela, mas isso, em um vestiário como o do Barcelona – e como o de qualquer equipe de ponta – não vale nada sem conquistá-lo. Ele logo percebeu isso. “Você passou branqueador nos dentes, não?”, um de seus novos colegas lhe disse como cumprimento, uma brincadeira para enturmar, mas também para situá-lo à altura do resto, sempre um escalão abaixo de Messi como outros compreenderam em sua época como Ibrahimovic, Neymar e Luis Suárez. Algumas horas mais tarde, entretanto, esses colegas já lhe davam tapinhas nas costas porque não sofreu nas rodas de bobinho como de praxe (pela precisão e velocidade do passe) e demonstrou que tinha futebol e lugar de sobra no grupo. “Os vestiários são muito chatos e te avaliam em apenas cinco minutos” dizem dos escritórios do Barcelona.

Coutinho passou no teste. Mas desde então não parou de assumir responsabilidades como fica claro na Copa do Mundo da Rússia, agora com a camisa do Brasil.

No Barcelona no começo lhe pediram que assumisse o posto de Iniesta, circunstância a que Valverde se negou porque entendeu que com os dois em campo o time ficaria melhor. E assim foi. Também lhe foi exigido rendimento imediato porque custou aproximadamente 150 milhões de euros (663 milhões de reais) entre fixo e variáveis, talvez porque Dembélé não tenha cumprido as expectativas e a torcida não aguentava mais reveses. Ele não decepcionou porque acumulou seis assistências e 10 gols em 1.483 minutos, o que significa um gol a cada 247 minutos e um passe para gol a cada 148. De modo que passou do sucesso em Anfield a conquistar o respeito no Camp Nou em poucos meses, também a caminho da Rússia.

Mesmo indicado como titular, não era uma certeza porque Willian pedia passagem, Firmino apresentava sua candidatura e Douglas Costa suas mudanças de direção e verticalidade. Mas Tite sempre lhe deu moral e isso não mudou na Rússia, onde Coutinho também conquistou o carinho de seus colegas – Neymar, Marcelo e Gabriel Jesus lhe deram uma ovada após um treino para comemorar seu aniversário –, da torcida e do técnico. Entre outras coisas porque foi o que correu mais quilômetros (22,1 nos dois primeiros jogos, à frente de Marcelo, que correu 19,2 e Neymar, com 18,5) e marcou dois dos três gols da equipe, um contra a Suíça e outro contra a Costa Rica. Resta ver como jogará no duelo decisivo da fase de grupos contra a Sérvia, uma vez que o Brasil precisa de um empate para assegurar a vaga nas oitavas sem depender do jogo entre Suíça e Costa Rica.

O gol, entretanto, nem sempre foi uma vontade de Coutinho, que quando era garoto e jogava no Vasco da Gama gostava mais do passe do que do chute. Resolução que seu pai, Zé Carlos, tentou equilibrar ao dar alguns reais por cada gol que fizesse; e medida que convenceu o menino a tentar o chute de longa distância. E essa é, exatamente, um das melhores armas de Coutinho, um franco-atirador de excelente mira. Não só é o quarto jogador que mais finaliza (10) na Copa – atrás de Cristiano Ronaldo (15), Cavani (13) e Messi (12)—, como também é o terceiro que mais vezes finalizou de fora da área (4), atrás do mexicano Layún e do saudita Al Dawsari (5). Em um deles, acertou o ângulo para marcar contra a Suíça. Para Tite a situação é clara: “A liderança técnica do time pertence a Coutinho e Neymar”. O 11 e o 10 na mesma estratosfera.

Chegada de trás

E Roberto Carlos, que foi o grande lateral esquerdo da década anterior, afirmou: “Todos estão falando de Neymar, mas a verdade é que Coutinho também é um grande jogador para o Brasil. Todos os marcadores se concentram em Neymar e ele aparece e decide jogos”. Tese que foi demonstrada contra a Costa Rica, quando veio de trás para chutar de bico e voltar a marcar. “Em poucas palavras: um craque”, diz sobre ele seu colega de seleção Fagner.

Com problemas para vazar as fechadas zagas adversárias, Tite revela a fórmula a seguir: “Nosso maior desafio é criar uma equipe com mentalidade coletiva para que as individualidades possam brilhar”. E é esse o papel de Coutinho porque com seus chutes consegue o efeito cobertor. Por um lado, os rivais sabem que com o menor espaço ele acha uma brecha [com muita capacidade], de modo que se preocuparão em marcá-lo; e por outro, com mais defensores ao seu redor, poderá fazer com que os outros joguem, especialmente Neymar e Gabriel Jesus, que em cada duelo tiveram dois rivais no encalço.

A bola, os holofotes e o Brasil iluminam Coutinho. “Mas dentro de campo estou mais confortável do que aqui”, disse o camisa 11 quando lhe pediram para que desse a entrevista após o treino da seleção; “sempre disse que não gosto de falar muito sobre mim mesmo”. Disso já se encarregam seus pés para festa de todo o Brasil.

Por Jordi Quixano – El País

galego novo dez 17

APÓS ATRASO E CALOTE, CASA BRASIL É INAUGURADA EM MOSCOU

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Fachada da Casa Brasil em Moscou. Espaço é para ser uma janela para cultura brasileira (Casa Brasil/Divulgação)

Depois de ter sua inauguração adiada duas vezes, a Casa Brasil, em Moscou, também chamada de Brasil Experience, abre nesta quarta-feira, quando os brasileiros entrarem em campo contra a Sérvia — duas semanas após o início da Copa.

O espaço, localizado a 1,5 quilômetro da Praça Vermelha e com capacidade para 2.000 pessoas, terá uma agenda de shows, mostras de arte e de gastronomia brasileira para apresentar a cultura brasileira aos estrangeiros na capital russa.

A princípio, a abertura da casa, que vai funcionar em uma antiga cervejaria, estava prevista para a data de início do torneio, 14 de junho, com um show de Gilberto Gil, mas teve que ser adiada por um atraso no pagamento do aluguel do espaço. Segundo os organizadores, houve um atraso da transferência do dinheiro entre os sistemas bancários do Brasil e da Rússia. Sem ter recebido o aluguel, os proprietários do espaço se recusaram a abrir a casa.

A inauguração foi, então, transferida para o dia 18 de junho, mas também não aconteceu — e os organizadores não deram novas explicações para o atraso. Com os adiamentos, a agenda inteira de shows teve que ser refeita. As apresentações, de músicos como o rapper Emicida, Liniker, Hermeto Pascoal e Marti’nália, estão sendo bancadas pelo Ministério da Cultura, que investiu 2,9 milhões de reais no projeto, e pela Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que entrou com outros 650.000 reais.

Depois do cancelamento da abertura, o Ministério da Cultura afirmou que, caso os shows não acontecessem, o dinheiro investido teria que ser devolvido pela Brasil Música & Artes (BM&A), organização por trás do projeto da Brasil Experience, dedicada a promover, desde 2002, a exportação da música brasileira.

A apresentação de Gilberto Gil foi cancelada, sem remarcação, por conta da agenda do cantor, que seguiria turnê pela Europa. Emicida se apresentou, na semana passada, em um evento da Brasil Experience realizado em outro espaço. Nesta quarta, o show de inauguração ficará por conta da banda Ludere. Os demais subirão ao palco da Casa do Brasil até o dia 14 de julho, quando termina a Copa.

No fim das contas, o espaço pensado para ser uma “janela para a cultura brasileira” virou uma janela para a desorganização e o desperdício de dinheiro público. Características também bem brasileiras.

Por Revista Exame

galego novo dez 17

A FARRA DA CBF E ALGUNS DE SEUS ASSALARIADOS NA RÚSSIA

Reunião no stand da CONMEBOL, na Rússia, com a presença de diversos dirigentes de Federações e clubes, muitos deles bancados pela CBF

É de conhecimento público que os dirigentes da CBF utilizam-se de diversos artifícios para manter-se no poder da entidade, entre os quais pagamentos de generosas mesadas a presidentes de Federações.

A imoralidade, evidente, acentua-se pelo fato de todos serem eleitores da entidade.

Em época de Copa do Mundo, então, a farra é nababesca.

Na Rússia não tem sido diferente.

Com direitos a pagamento da viagem (em alguns casos extensivo a familiares), hotéis cinco estrelas, comes, bebes e demais mimos, aos menos 15 destes presidentes estariam sendo bancados pela Casa Bandida.

Estão assistindo o Mundial:

  1. Rubens Renato Angelotti (Federação Catarinense);
  2. Antônio Aquino Lopes (Federação do Acre);
  3. Francisco das Chagas Dissica Valério Tomaz (Federação do Amazonas);
  4. Ednaldo Rodrigues Gomes (Federação Baiana);
  5. Mauro Carmélio Santos Costa Junior (Federação Cearense);
  6. Daniel dos Santos Vasconcelos (Federação do Distrito Federal);
  7. Gustavo Oliveira Vieira (Federação do Espírito Santo);
  8. Antônio Américo Lobato Gonçalves (Federação Maranhense);
  9. Adélcio Magalhães Torres (Federação Paraense);
  10. Evandro Barros de Carvalho (Federação Pernambucana);
  11. Cesarino de Oliveira Sousa (Federação do Piauí);
  12. José Vanildo da Silva (Federação do Rio Grande do Norte);
  13. Heitor Luiz da Costa Junior (Federação de Rondônia);
  14. Milton Dantas de Farias Junior (Federação Sergipana);
  15. Leomar de Melo Quintanilha (Federação do Tocantins)

Brigado com a CBF, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, também está na Russia (onde participou, ontem, de reunião com a CONMEBOL sobre o “legado da Copa 2014)), bancado pelo dinheiro da entidade (ou seja, dos clubes de São Paulo), com direito, também a grande “comitiva”.

Quatorze pessoas, ao todo, incluindo o dirigente.

Cartolas de clubes, tão eleitores – porém com peso menor, quanto os assalariados das Federações, também teriam pegado carona no “Trem da Alegria”.

São eles:

  1. Jaime Dal Farra (Criciúma);
  2. Francisco Battistotti (Avaí);
  3. João David Nes (Chapecoense);
  4. Ricardo Fonseca (Brasil/RS);
  5. Arnaldo Barros (Sport);
  6. Leonardo de Oliveira (Paraná);
  7. José Armando Abdalla Junior (Ponte Preta); e
  8. Tony Couceiro (Paysandu).

Completam a lista alguns funcionários, dirigentes, presidente, vice-presidentes e “aspones” da CBF (muitos deles investigados por corrupção):

  1. Coronel Nunes (Presidente);
  2. Fernando Sarney (Vice);
  3. Gustavo Feijó (Vice);
  4. Rogério Caboclo (presidente eleito – assume em 2019);
  5. Walter Feldman (Secretário Geral);
  6. Castellar Modesto Guimarães Neto (Vice eleito – 2019);
  7. Carlos Eugênio Lopes (Diretor Jurídico);
  8. André Megale (Diretor de Governança e Conformidade);
  9. Ginlei Botrel (Diretor Financeiro);
  10. Reynaldo Buzzoni (Diretor de Registro, Transferência e Licenciamento);
  11. Gilberto Ratto (Diretor de Marketing);
  12. Oswaldo Gentile (Diretor de Patrimônio);
  13. Vanderbergue dos Santos (Diretor de Assessoria Legislativa);
  14. Douglas Lunardi (Diretor de Comunicações);
  15. Marcos Marinho (Presidente da Comissão de Arbitragem); e
  16. Jorge Pagura (Presidente Nacional de Médicos do Futebol).

Vale sempre a pena lembrar que, enquanto dirigentes de Federações estão na Copa do Mundo, mais de 90% de seus clubes filiados não conseguem pagar contas básicas do mês, assim como muitos jogadores ligados às agremiações com representantes na Russia estão com salários atrasados.

Fonte: Blog do Paulinho

galego novo dez 17

 

VÍDEO MUDA DECISÃO DE ÁRBITRO EM 9 DE 11 LANCES INTERPRETATIVOS

Vídeo muda decisão de árbitro em 9 de 11 lances interpretativos

O uso da tecnologia VAR (árbitro de vídeo) pela primeira vez em uma Copa não acabou com as polêmicas e muito menos com a interpretação dos árbitros no andamento das partidas. Levantamento após 40 jogos até agora no torneio mostra o uso do do VAR em ao menos 17 oportunidades.

Em 11 delas, questões de interpretação do árbitro em campo definiram o desfecho do lance – em todas elas, usando o monitor localizado ao lado do gramado. Em 9 das 11, a decisão inicial do árbitro foi alterada em seguida.Um exemplo aconteceu no empate entre Portugal e Irã na segunda-feira (25).

O paraguaio Enrique Cáceres não notou um tapa de Cristiano Ronaldo em um adversário. Foi avisado pelo ponto eletrônico, correu para o monitor e, aí sim, resolveu aplicar um amarelo para o atacante. Na primeira rodada, um pênalti da Austrália sobre o francês Griezmann que passou despercebido em campo só foi assinalado após a análise de imagens pelo árbitro uruguaio Andrés Cunha.

Em compensação, na vitória da Argentina sobre a Nigéria nesta terça (26) a avaliação inicial do árbitro persistiu. Em uma bola levantada na área argentina foi claro o toque de mão de Marcos Rojo. O árbitro turco Cuneyt Cakir não viu, mas foi avisado de uma possível infração. Ele correu para o monitor e resolveu não assinalar a penalidade. No retorno ao gramado, ele explicou aos nigerianos que, em sua interpretação, o toque da bola na cabeça antes de chegar ao braço descaracterizou a penalidade.

“Nem todas as mãos são faltas. Existe uma zona cinza, que não sabemos até quando o jogador necessita a mão ou não em um lance. Há de se avaliar se é deliberado ou não. A imagem ajuda, temos a nossa orientação. Mas, no final, se resume a uma questão de interpretação”, afirmou antes do início da Copa Massimo Busacca, diretor da Comissão de Arbitragem da FIFA. O uso do monitor à beira do campo sempre ocorreu desde que o VAR foi usado pela primeira vez pela FIFA no Mundial de Clubes de 2016.

Mas, neste Mundial, houve uma mudança de protocolo e agora em apenas algumas situações o juiz pode consultar o replay. São elas: o impedimento de jogadores que podem ter interferido em lances de gol e faltas que levem a um gol, à marcação de um pênalti ou que possam levar a uma expulsão com cartão vermelho direto. Em todas as outras situações, tidas como factuais – se a bola saiu ou não de campo antes de um gol por exemplo – a palavra vinda da central de Moscou é definitiva.

Lá, o quarteto que trabalha com o VAR tem acesso a 33 câmeras. Isso aconteceu em seis casos na Copa e em dois deles houve revisão do que havia sido constatado inicialmente no gramado.Em seu único comunicado sobre o árbitro de vídeo desde o início da Copa, a Fifa afirmava estar satisfeita e admite “que ainda haverá discussões e opiniões divididas envolvendo certas decisões”. Haverá balanço antes das oitavas.

Por Amanda Lemos, Raphael Hernandes e Fábio Aleixo –  Folhapress

 

galego novo dez 17

CBF PODE LUCRAR QUASE R$ 143 MILHÕES NA COPA DO MUNDO

SEDE CBF

Conquistar uma vaga para a segunda fase da Copa do Mundo é importante, naturalmente, pelo prestígio esportivo. Mas não só. Avançar à segunda fase da competição rende U$ 4 milhões aos cofres das equipes que lá estiverem, pouco mais de R$ 15 milhões na cotação atual. E o valor não para de crescer, à medida que os melhores times vão se classificando. O campeão, por exemplo, faturará quase R$ 143 milhões.

Para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que arrecadou cerca de R$ 353 milhões em patrocínios em 2017, o valor parece pequeno, mas se torna importante se for levado em consideração que a entidade recebia R$ 452 milhões, no valor corrigido pela inflação, em 2014. Teoricamente, houve “prejuízo” de praticamente R$ 100 milhões.

A participação brasileira na fase de grupos na Rússia já rendeu U$ 8 milhões, valor que gira em torno dos R$ 30 milhões. Todas as 32 seleções que estão no torneio tiveram direito ao prêmio.

Para o restante da competição, os valores ficam cada vez maiores:

Quartas de final: U$ 16 milhões (R$ 60,16 milhões)
Quarto colocado: U$ 22 milhões (R$ 82,72 milhões)
Terceiro colocado: U$ 38 milhões (R$ 89,28 milhões)
Vice-campeão: U$ 28 milhões (R$ 105,28 milhões)

Campeão: (R$ 142,88 milhões)

Ou seja, caso o Brasil seja campeão, a CBF garante praticamente 40% do valor que arrecadou em todo o ano passado com patrocínios, maior fonte de receita da entidade máxima da modalidade no país. É importante frisar que existam variações no câmbio nos contratos firmados pela CBF. Quando o dólar aumenta, por exemplo, sobe a receita.

Ao todo a FIFA repartirá U$ 400 milhões em premiações na Copa do Mundo, mais de R$ 1,5 bilhão. O valor supera em U$ 46 milhões o valor distribuído no torneio de quatro anos atrás, no Brasil.

Fonte: Correio Braziliense

galego novo dez 17