COPA DO MUNDO MAIS CARA DA HISTÓRIA SALVA RÚSSIA DA ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA

Russia 2018

Depois de 12 ajustes para cima no orçamento oficial, a Copa do Mundo da Rússia praticamente salvou a economia local de uma estagnação. Mas seus efeitos podem não ser duradouros. O governo estima que o torneio poderá injetar mais de US$ 14,2 bilhões (R$ 52 bilhões) na economia local. Em termos de gastos, o total passa a marca de US$ 11 bilhões (R$ 40,7 bilhões), acima do que se gastou no Brasil em 2014 e se estabelecendo definitivamente como o Mundial mais caro da história.

Avaliações apresentadas nesta sexta-feira em Moscou por integrantes do governo russo indicam que o torneio significaria 1% do PIB do país em termos de investimentos nos últimos cinco anos. Depois de uma profunda recessão por conta dos embargos econômicos e da queda do preço do petróleo, a economia russa caminha para uma recuperação.

Mas, na avaliação do FMI, ela não seria de mais de 1,5%, abaixo da meta de 2% estabelecida por Vladimir Putin, presidente russo. Para o governo, sem a Copa do Mundo nem mesmo essa taxa teria sido obtida.

Oficialmente, US$ 3,5 bilhões foram destinados apenas aos estádios, alguns dos mais caros do mundo. Mas o governo de Vladimir Putin também usou o evento para justificar gastos de US$ 6,1 bilhões em transporte e infraestrutura. Outros US$ 680 milhões foram destinados para obras em hotéis.

Por Jamil Chade – Terra
galego novo dez 17

FRAUDES E PROPINAS NA FIFA TEVE A PARTICIPAÇÃO DE TV BRASILEIRA, DIZ BLATTER

Em livro, Blatter relata "caixa-preta" com dinheiro da tevê brasileira

A Copa do Mundo da Rússia será a primeira em 11 edições sem Joseph Blatter no comanda da FIFA. No entanto, o dirigente está longe de sair dos holofotes e, às vésperas do torneio, polemizou com relatos e denúncias de quando mandava no futebol.

Em livro publicado na Europa – Ma vérité Minha Verdade (Éditions Héloïse d’Ormesson) –, o suíço relata bastidores do caso de corrupção envolvendo os brasileiros João Havelange (seu antecessor) e Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF).

Ele afirma que “descobriu” que dinheiro de uma emissora brasileira de TV teria sido desviado para criação de uma “caixa preta” no futebol.  O caso se refere à quebra e falência da empresa de marketing esportivo que vendia os direitos de transmissão dos jogos das Copas e agia de forma independente, a ISL. Ela também era suspeita de pagar propinas, inclusive para os dirigentes brasileiros.

O ex-presidente explica que em 2001 “o tribunal cantonal de Zug (na Suíça) abriu processo judiciário contra a ISL” e que os procuradores tomaram a decisão de fazer “uma operação de busca na FIFA”. Segundo “O Estado de S. Paulo”, Blatter não revela o nome da emissora e nos documentos do tribunal que investigou o caso, ela também é mantida em sigilo.

A Rede Globo tinha os direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006, período em que a ISL atuava. A emissora disse desconhecer o caso. “O Grupo Globo sempre negociou direitos de transmissão de boa-fé. Nas suas relações comerciais, como em todas as suas atividades, nada é mais importante do que adotar práticas éticas e transparentes. O Grupo Globo não tem conhecimento desses fatos e reafirma que não tolera nem paga propina”.

Já Blatter explica que se recusou a acreditar no envolvimento de João Havelange – ele foi secretário-geral da FIFA quando o brasileiro presidia a entidade.  “Penso em Teixeira e não em Havelange. Para mim, é a estátua do comandante e em nenhum momento pensei que ele estaria envolvido nesse caso”, diz. Ele conta que “viu passar uma transferência de US$ 1 milhão (R$ 3,7 milhões em valor atual) da ISL para Havelange”, e imediatamente mandou devolver ao contador achando que tinha sido um erro.

Ele revela que a ISL começou a pagar propinas para manter os contratos com a FIFA, e tudo a mando dos dirigentes brasileiros. “Levou uma década de inquérito e processo para eu entender com detalhes o sistema que foi criado por Havelange e Teixeira, um sistema que eu totalmente estava fora”, conta. O Tribunal de Zug indicou que Havelange ficou com US$ 1 milhão. Já Teixeira, levou US$ 12,4 milhões (R$ 45,8 milhões na cotação atual).

Ainda não há previsão de lançamento em português.

 

galego novo dez 17

PRESIDENTE DO REAL QUER ACELERAR NEGOCIAÇÕES COM NEYMAR, DIZ JORNAL

Resultado de imagem para NEYMAR

O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, decidiu acelerar as negociações para a contratação de Neymar. A informação foi publicada nesta sexta-feira (8) pelo jornal catalão “Mundo Deportivo”.

De acordo com a reportagem, o dirigente merengue já trabalha numa estratégia para aproximar o camisa 10 da capital espanhola.

A “urgência” em contratar Neymar se dá por causa da iminente saída de Cristiano Ronaldo, a grande estrela do time branco. Ontem, quinta-feira (7), o jornal português “Record” cravou que o camisa 7 não defenderá mais o Real Madrid na próxima temporada e a decisão do jogador é “irreversível”.

 

galego novo dez 17

RÚSSIA ENCARA DESAFIOS DIANTE DA CHEGADA DE POUCO MAIS DE 1 MILHÃO DE TORCEDORES

A Rússia espera a chegada de mais de um milhão de torcedores para a Copa do Mundo, a partir da próxima semana, o que impõe um enorme desafio logístico, cultural e social para abrir fãs de futebol dos mais diferentes países, a maior parte deles em clima de festa para as cidades-sede do Mundial. A estimativa de “mais de um milhão” é do presidente da FIFA, Gianni Infantino. No início da semana, a entidade havia vendido dois milhões de ingressos, sendo 872.578 para russos.

Atrás dos anfitriões, os países que mais compraram entradas foram Estados Unidos, Brasil e Colômbia. O objetivo do Comitê de Organização é claro: mostrar para os torcedores “uma Rússia inesquecível”, como explicou o diretor geral, Alexei Sorokin.

FIFA confirma que 2.403.116 bilhetes foram alocados para os fãs de futebol em todo o mundo desde que as vendas começaram em setembro de 2017. A maioria deles foi para torcedores russos (871.797), seguido por fãs dos EUA (88.825), Brasil (72.512), Colômbia (65.234), Alemanha (62.541), México (60.302), Argentina (54.031), Peru (43.583), China (40.251), Austrália (36.359) e Inglaterra (32.362). A demanda internacional responde por 54% dos ingressos vendidos. 

Grandes investimentos em infraestruturas

A Rússia também apostou na renovação de infraestruturas, desembolsando 13 bilhões de dólares. “Os aeroportos de seis cidades têm terminais novos e foram construídos 21 novos hotéis em cidades-sede”, explicou Sorokin em maio.

O diretor também lembrou os “14 hospitais pré-equipados para o torneio”: “Nada supérfluo, precisávamos disso”, afirmou.

“Isto responde um objetivo de melhora do território, com efeito de recuperação nos últimos 20 anos, onde não tinham-se feito investimento”, avalia Jean-Baptiste Guegan, um dos autores de um livro sobre o que está velado no futebol russo.

O objetivo é fazer da Copa do Mundo uma “mistura de brilho e atrativo”, o que implica que a experiência dos turistas seja ótima para recomendarem uma visita à Rússia quando retornarem a seus países.

Transportes gratuitos e ‘Fan ID’

“Nunca vi um país que tenha feito tanto para receber os torcedores”, garantiu na segunda-feira (05/6) Infantini.

Os torcedores que viajaram ao país terão “pela primeira vez na história” a oportunidade de se beneficiarem “de um sistema de transporte gratuito entre as cidades-sede, com mais de 700 trens suplementares”, segundo Alexei Sorokin.

“É um sistema realmente bom, mas a oferta não é suficiente e a imensa maioria dos trens já está reservada”, indicou à AFP Ronan Evain, responsável da Football Supporters Europe (FSE), uma rede que reúne torcedores de mais de 40 países.

Alojamentos

Uma preocupação persiste: “os alojamentos podem gerar grandes problemas, porque os proprietários dos apartamentos tentam aumentar os preços, incluindo cancelamentos de apartamentos já alugados”, acrescenta Ronan Evain.

Uma questão similar já provocou dores de cabeça em Kiev, capital da Ucrânia, antes da final da Liga dos Campeões entre Real Madrid e Liverpool, vencida pelos espanhóis.

“Em Moscou se está equilibrando porque a oferta é gigantesca, mas nas cidades em que as infraestruturas de acolhimento são insuficientes, como Saransk ou Nijni Novgorod, os preços disparam”, diz o bom conhecedor da Rússia.

Idioma e Direitos Humanos

Outra questão que levanta dúvidas é a tolerância da sociedade russa. Trabalhou-se na “formação de voluntários e nas forças de segurança contra o racismo”, afirma à AFP Sylvia Schenk, da Transparency International e membra do Conselho Consultivo da Fifa sobre os Direitos Humanos. Mas os riscos com problemas de racismo persistem.

“A FIFA também negociou com autoridades russas para que a bandeira arco iris seja autorizada nos estádios”, explicou Schenk em referência ao símbolo LGBT e sobre a lei russa que proíbe “propaganda” homossexual diante de menores de idade.

“Haverá uma Casa de Orgulho em Moscou, levantada por ONGs russas e pela FIFA, e as autoridades confirmaram que ninguém será perseguido”, concluiu.

Mas Ronan Evain lamenta que “muitos voluntários não tenham se formado em inglês”, nem mesmo para indicações básicas.

Por Luiz  Antonio Prosperi – Carta Capital

 

galego novo dez 17

NA RÚSSIA, PRESIDENTE DA CBF TENTA RECUPERAR PRESTÍGIO ENTRE CARTOLAS

Na Rússia, presidente da CBF tenta recuperar prestígio entre cartolas
© Lucas Figueiredo / CBF

Rogério Caboclo, presidente eleito da CBF e chefe de delegação da seleção brasileira na Copa do Mundo, vai aproveitar o Mundial para tentar se cacifar na FIFA.

Desde que José Maria Marin foi preso em maio de 2015, acusado de receber propina, cartolas brasileiros são rejeitados no cenário internacional.

Herdeiro político de Marco Polo del Nero, banido também por corrupção pela FIFA em abril, Caboclo terá uma vida agitada na Rússia.

Ele irá a Sochi, cidade que abrigará a concentração do Brasil. Mas também percorrerá Moscou e as cidades que vão receber os jogos da seleção. A primeira partida será em Rostov-do-Don, no dia 17.

Já o primeiro encontro oficial com os cartolas da FIFA será na quarta (13), quando a entidade realizará o seu congresso na capital russa. Em Moscou, Caboclo também terá reuniões privadas com os integrantes do alto escalão da FIFA.

O paraguaio Alejandro Domínguez, presidente da CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol), será um dos aliados do brasileiro na Rússia. Dominguez é próximo de Gianni Infantino, presidente da FIFA.

Quando o suíço visitou o Paraguai no mês passado, Dominguez anuciou a ele que a eleição de Caboclo representaria uma nova fase do futebol do continente após os escândalos de corrupção.Caboclo já está na Europa. No domingo (10), ele acompanhará o amistoso da seleção contra a Áustria, em Viena. Depois, segue para Sochi.

Até então, o cargo de chefe de delegação era ocupado por um dirigente de clube, que cumpria papel protocolar. Desta vez, Caboclo quer dar mais importância ao posto que ocupará.

Braço direito de Del Nero desde os tempos da Federação Paulista de Futebol, Caboclo fez campanha nos bastidores para comandar a CBF, sem se expor.

Até ser escolhido por Del Nero, o dirigente era criticado pela maioria dos cartolas, que o acusavam de ser duro nas negociações para liberar verbas.

Após ganhar o apoio do seu tutor, foi acolhido pela maioria. Só não teve os votos de Flamengo e Corinthians.

Na Rússia, Caboclo terá a companhia do paraense Antonio Carlos Nunes, que comandará a CBF até a sua posse. Nunes será o vice-presidente na gestão de Caboclo.

No sábado (9), os presidentes das federações estaduais embarcam para a Rússia. Eles são convidados da CBF para acompanhar os três primeiros jogos da seleção no Mundial.

Além dos ingressos das partidas, a entidade vai bancar a hospedagem dos cartolas em Moscou e o deslocamento até os locais dos jogos.

Segundo Del Nero, o convite foi feito por Caboclo na época da corrida eleitoral.

O paulista ganhou o pleito com o apoio das 27 federações. A maioria dos cartolas aceitou o convite para viajar ao Mundial.

Fonte:  Folhapress

galego novo dez 17