BRASIL NUNCA VENCEU UMA COPA DO MUNDO APÓS EMPATAR NA ESTREIA

Zuber sobe para marcar o gol da Suíça contra o Brasil
Zuber sobe para marcar o gol da Suíça contra o Brasil (Foto: Jason Cairnduff/Reuters)

O Brasil ficou no 1 a 1 contra a Suíça em sua estreia na Copa do Mundo da Rússia. Para ser campeão ao final do torneio, a seleção terá agora de quebrar uma escrita: nunca levou o título do torneio após ter empatado no jogo inaugural.

Em apenas duas vezes, nas 20 edições anteriores da Copa, o Brasil empatou na estreia: em 1974, na Alemanha – terminou em quarto lugar ao final da competição -, e em 1978, na Argentina, quando ficou na terceira colocação.

Em 1974, o país defendia o título conquistado em 1970, mas a caminhada para o tetra se mostrou difícil logo na fase de grupos. Nas duas primeiras partidas, contra Iugoslávia e Escócia, dois empates em 0 a 0. Depois, bateu o estreante Zaire (3 a 0) e se classificou.

A situação se repetiu quatro anos depois, na Copa da Argentina, quando a seleção treinada por Cláudio Coutinho empatou contra a Suécia (1 a 1) e Espanha (0 a 0). Depois, venceu a Áustria por 1 a 0 e avançou à próxima fase.

Nas cinco vezes em que foi campeão, o Brasil estreou com vitórias: 3 a 0 sobre a Áustria (1958), 2 a 1 sobre a Espanha (1962), 4 a 1 na Tchecoslováquia (1970), 2 a 0 na Rússia (1994) e 2 a 1 na Turquia (2002).

Fonte: Placar

galego novo dez 17

LIBERTADORES 2019 TERÁ JOGOS MAIS CEDO E GLOBO TERÁ QUE SE ADEQUAR AO NOVO HORÁRIO

A Rede Globo vai continuar transmitido a Copa Libertadores nos próximos anos, mas terá que exibir os jogos da competição em outro horário. Após a conclusão da licitação dos direitos de televisão, a CONMEBOL confirmou que, a partir de 2019, os jogos das quartas-feiras serão antecipados de 21h45 para 21h30.

Segundo o blog de Rodrigo Mattos, a CONMEBOL tinha colocado como horário previsto para jogos de quarta-feira às 21h30. Havia resistência da emissora por afetar sua grade, mas, após negociação, isso foi aceito e agora terá que antecipar a novela para poder mostrar as partidas.

A justificativa da CONMEBOL para as mudanças nos horários é a de que vai melhorar o atendimento ao torcedor que não precisará sair tão tarde do estádio, além de atender vários mercados, não só o brasileiro. Por isso, foram adotados horários padrões que valerão para todos os jogos.

Para as quartas-feiras, serão jogos às 19h15 e às 21h30. Nos outros dias, haverá jogos 19 horas, 21 horas e às 23 horas – esse último horário, em geral, não se aplica ao Brasil.

Além da padronização dos horários, a CONMEBOL tomou para si as filmagens e geração de imagens da Libertadores. A entidade também assumiu a confecção da tabela sem interferência da televisão e fará rotatividade entre os times nos jogos nas quartas-feiras, sem a possibilidade da Globo escolher só um ou dois times.

As propostas vencedoras do leilão da Libertadores foram: Globo (TV aberta), Fox Sports (pacote ‘A’ de TV fechada), SporTV (pacote ‘B’ de TV fechada) e Facebook (partidas de quinta-feira).

Fonte: Portal Mídia Esporte

galego novo dez 17

 

 

 

COMEÇAMOS HOJE A SABER SE JOGO BONITO É DE NOVO COISA NOSSA

Resultado de imagem para seleção brasileira de 2018

Tão sinônimo que alguns jornais em espanhol e em inglês usavam a expressão “jogo bonito” em português mesmo. Parecia um código para dizer que “jogo bonito” era um patrimônio cultural do Brasil –e somente do Brasil.

Não é fácil datar essa época, mas me arrisco a dizer que ela começou, para os mais velhos, com a dupla Pelé/Garrincha, na Suécia, em 1958. Consolidou-se, no entanto, com a seleção campeã em 1970 –a primeira Copa transmitida diretamente e em cores para o Brasil (e, claro, para o mundo).

Antes, a gente podia apenas ouvir o “jogo bonito”, mas não vê-lo. Ainda assim, a minha geração acreditava piamente que éramos os melhores e jogávamos tão bem que só roubando nos tirariam o título.

Em 1954, o Brasil foi eliminado pela maravilhosa Hungria, em partida apitada por certo Mr. Ellis (Arthur Ellis), que expulsou Nilton Santos e o centroavante Humberto Tozzi, além do húngaro Boszik. Um juiz que expulsa Nilton Santos só pode ser ladrão.

Nas peladas na rua Bartolomeu Zunega, em Pinheiros, onde morava à época, cada vez que o time adversário reclamava de uma falta nossa, gritávamos “Mr. Ellis”.

Não entendo como a Hungria perdeu a final para a Alemanha, fato que deu origem à lenda de que futebol é um esporte em que jogam 11 contra 11 e, no final, a Alemanha ganha.

É um pouco de exagero, mas não muito: a Alemanha é a seleção que foi mais vezes às finais das Copas. Esteve em oito e ganhou quatro (o Brasil foi a sete e ganhou cinco).

Nem esse formidável retrospecto dos alemães tirou do Brasil a fama de ser o dono do “jogo bonito”. Os alemães tinham a força, mas a beleza era dos brasileiros. Mesmo quando nem chegava à final (em 1982 e 1986, por exemplo), o Brasil era festejado pela qualidade de seu futebol.

Talvez essas duas Copas tenham sido as responsáveis pelo encerramento da era do “jogo bonito”, no Mundial seguinte (Itália, 1990).

O brasileiro – o torcedor e parte da crônica esportiva– começou a achar que não tinha graça jogar bem e perder.

Esse espírito impregnou a seleção da Copa de 1990, a começar pela escolha de um técnico absurdamente medíocre (Sebastião Lazaroni).

Na véspera do jogo das oitavas com a Argentina, correu o boato de que eu estava tão seguro de que o Brasil perderia que já havia até reservado passagem para voltar no dia seguinte. Robério Vieira, o “Gata Mansa”, assessor de imprensa da CBF (morreu em 2003), veio me cobrar.

Só de pirraça, confirmei que havia marcado o voo (não era verdade). Ele disse: “Azar seu, vai viajar sozinho”, pressupondo que o Brasil ganharia.

Terminado o jogo (Argentina 1 a 0), cruzei com “Gata Mansa” no centro de imprensa, e ele, paletó da CBF manchado de lágrimas, me disse: “É, você tinha razão, essa seleção é uma merda”. Não poderia haver epitáfio mais autorizado para a era do “jogo bonito”.

O Brasil até recuperou o título e por duas vezes (1994, a mais medíocre das Copas, e 2002). Mas permaneceram as dúvidas sobre a qualidade do jogo, que só fizeram aumentar com os fracassos nos três Mundiais seguintes.

O 7 a 1 com a Alemanha até levou ao exagero de transferir o rótulo de “jogo bonito” para os alemães, que, graças à miscigenação e à imigração, afinaram a cintura dura.

A seleção de Tite está recuperando a magia e a beleza, mas só a Copa da Rússia dirá se o “jogo bonito” vence como em 1970 ou morre na praia como em 1982

Por Clóvis Rossi – Folha

galego novo dez 17