COUTINHO SE EMOCIONA COM CRIANÇA VESTINDO CAMISA IMPROVISADA DA SELEÇÃO

Wallace, de 12 anos, morador da Vila Cruzeiro, assiste ao jogo entre Brasil e Costa Rica com a camisa improvisada de Philippe Coutinho Bruno Itan / Olhar Complexo

Philippe Coutinho está concentrado em Moscou com a Seleção Brasileira à espera do jogo decisivo contra a Sérvia, na quarta-feira. Mas, na tarde desta segunda, o meio-campista se emocionou com um pequeno morador da Vila Cruzeiro, favela na Zona Norte do Rio a mais de 11 mil quilômetros de distância da capital russa. Wallace, de 12 anos, assistia à partida do Brasil contra a Costa Rica em uma rua da favela onde nasceu quando foi fotografado vestindo uma camisa do Brasil improvisada. Sem dinheiro para comprar um uniforme oficial, vendido nas lojas por R$ 250, Wallace pintou com uma caneta verde o nome de Coutinho e o número 11. O fotógrafo Bruno Itan, que tem se dedicado a registrar imagens de favelas da cidade durante os jogos do Brasil, foi o autor da foto, que chegou ao craque do Barcelona menos de quatro horas após Bruno postar um pedido de ajuda nas redes sociais.

Menos de quatro horas após a publicação da foto, veio a surpresa: Coutinho curtiu a foto e, depois, escreveu um comentário público, no Instagram de Bruno: “A foto chegou aqui!! Te mandei mensagem no privado, quando puder você responde!”. A mensagem privada foi assim: “Fala Bruno, tudo bem?! Vi a foto desse menino e fiquei emocionado e com vontade de conhecê-lo. Vi também que através da sua postagem você tinha como entrar em contato com ele! Um abraço e aguardo uma resposta!”.

– O que me chamou atenção no Wallace foi sua criatividade. Ele não tem dinheiro, mas nem por isso deixou de torcer com o nome e o número do seu jogador favorito – disse Bruno, criador do projeto Olhar Complexo, que ensina crianças e adultos do Complexo do Alemão, onde ele mora, a fotografar. – Antes de fotografar, eu o vi e fiquei esperando o Coutinho passar na tela, na hora do hino nacional, para compor a foto. Mas não falei com ele naquele dia, só consegui encontrá-lo depois, também com ajuda dos amigos nas redes sociais – conta Bruno.

Desde que Coutinho reagiu à postagem, a foto viralizou: até o momento (às 20h de segunda-feira), eram quase duas mil curtidas. Bruno conta que ficou emocionado com a mensagem do jogador:

– Foi uma corrente do bem que fez a foto chegar ao Coutinho. Só foi possível com a ajuda dos amigos. Fiquei emocionado com a simplicidade dele – disse.

Wallace ainda não sabe da novidade.

– A família dele é muito humilde. Tomara que sua vida mude a partir de agora.

Por Caio Barreto Briso – O Globo

galego novo dez 17

NEYMAR SE IRRITA COM CRÍTICAS, E GLOBO NEGA DISTINÇÃO

Resultado de imagem para Neymar se irrita com críticas, e Globo nega distinção
© REUTERS

O atacante Neymar entrou em rota de colisão com a Globo em meio à disputa da Copa do Mundo. O estopim foram as críticas, principalmente do narrador Galvão Bueno, após os dois primeiros jogos, o que levaram até o pai do jogador a tentar colocar panos quentes.

Em nota, a assessoria da Globo afirmou que “narradores e comentaristas têm liberdade para citar ou comentar qualquer lance do jogo”. Em nota, completou: “As análises, assim como toda a cobertura da Globo, são feitas de maneira imparcial e sem distinção entre os jogadores”. Procurado, Neymar não respondeu às perguntas da reportagem.

Não é a primeira vez que Neymar entra em conflito com o principal profissional da Globo durante a disputa de um torneio importante.

Em 2016, depois de dois empates na Olimpíada do Rio, o atleta se irritou com Galvão e parou de falar com a imprensa. Deu a volta por cima e levou o ouro, desabafando no fim: “Vocês vão ter que me engolir”, disse o jogador, após vencer a Alemanha nos pênaltis, no Maracanã, na final.

A posição é idêntica à adotada agora, na Rússia. Depois de fazer o segundo gol contra a Costa Rica, Neymar deixou a arena calado. “Hoje, não”, respondeu, ao receber pedido de entrevista no estádio.

Ao mesmo tempo, postou em rede social um desabafo, onde menciona que “falar, até papagaio fala”. O jogador é fã do piloto brasileiro Ayrton Senna, que se referia ao narrador Galvão Bueno como “papagaio” -eles mantinham relação de amizade.

Neste Mundial, o profissional da Globo disparou críticas ao camisa 10, assim como o comentarista Casagrande.

O ex-jogador Juninho Pernambucano entrou na polêmica. Ex-comentarista do SporTV, ele notou como Galvão não parava de falar de Neymar durante a partida.

“O cara passa o jogo criticando o Neymar, culpando até pelo pênalti sofrido. Agora quer elogiar. Galvão não para, é intocável. Faz todo mundo detonar o cara, depois do gol quer mudar. Isso sempre foi assim. Neymar é monstro e não é obrigado a arrebentar sempre”, disse Juninho, em uma rede social.

Ao longo da partida, Galvão criticou o que viu como um “gesto artístico” de Neymar durante pênalti que foi marcado pelo árbitro, mas acabou sendo anulado após a intervenção do árbitro de vídeo.

Casagrande também falou sobre Neymar durante a partida. O ex-jogador possui rixa antiga com o estafe do atual camisa 10. Há alguns meses, ele chamou Neymar de “mimado” e irritou o pai do jogador. “Abutre”, respondeu o empresário nas redes sociais.

Na época, Casagrande recebeu um recado de um superior da emissora: foi avisado que tinha respaldo para falar o que bem entendesse. Mas o “aviso” foi entendido internamente de forma contrária, como uma ameaça velada, já que ninguém antes havia dito ao ex-atacante nada parecido sobre seus comentários.

Em paralelo à rusga de Casagrande e Neymar pai, uma reaproximação com a emissora vinha sendo costurada. O principal contato do empresário com o jornalismo da Globo é um produtor com quem tem boa relação desde o começo da carreira do filho.

Em 2014, quando mantinha exclusividade com a emissora, em contrato revelado pela Folha de S. Paulo no começo do ano, era esse produtor que Neymar pai mandava seus assessores procurarem para reclamar de reportagens da TV Globo ou sugerir pautas. Algumas vezes, o produtor avisava, inclusive, que não tinha patente para atender os pedidos.

O jogador e seus representantes viveram período conturbado com a Globo por mais de um ano, após a Olimpíada. Nesse meio tempo, foram diversas visitas ou iniciativas junto aos principais concorrentes da emissora, como Record, SBT e Fox. A proximidade da Copa fez o pai do jogador e a TV conseguirem uma trégua, e o camisa 10 voltou a ser figura assídua na tela. Desta vez, sem nenhum acordo formalizado no papel.

Desde então, Neymar participou de especiais de Copa da Globo, como do apresentador Luciano Huck e o Esporte Espetacular, além de entrevistas. A reaproximação foi vista internamente como uma vitória, mas teve um preço: Casagrande teve que se policiar sobre as críticas ao jogador.

O clima de paz, porém, durou apenas 180 minutos de futebol ruim de Neymar, que foi criticado pela imprensa nacional e se irritou.

O atacante desabafou em rede social, assim como seus amigos, que o acompanham no Mundial, os chamados “parças”. Gil Cebola, Joclécio e outros atacaram o que chamaram de “antis” em suas postagens no Instagram, logo após a vitória contra a Costa Rica. Um deles, inclusive, marcou Galvão Bueno nas postagens.

Neymar pai não viu com bons olhos o desabafo do filho e dos amigos. A avaliação é que não é o momento para isso, pois o jogador precisa do apoio popular, e não criar um novo “nós, contra eles”, como foi na época da Olimpíada.

Preocupado, o pai do jogador procurou a Globo neste último fim de semana.

A atitude de Neymar pai foi uma forma de propor nova trégua entre o filho, os amigos e o Grupo Globo. O empresário está no mesmo hotel que a seleção brasileira em Sochi e vem tentando blindar o filho das críticas exteriores, que chegam a ele por meio dos amigos e das redes sociais.

Por Folhapress

COPA DO MUNDO NÃO TEM UM ARTILHEIRO COM DOIS DÍGITOS DESDE 1970

Kane x Lukaku ou Vardy x Batshuayi? Classificadas, Inglaterra e Bélgica podem poupar artilheiros
Foto: infoesporte

A Copa do Mundo não tem um artilheiro com dois dígitos desde 1970. Há 48 anos, o alemão Gerd Muller encerrou a competição no México com 10 gols. O início dos matadores aqui na Rússia permite projetar que o goleador da edição de 2018 no mínimo igualará o desempenho de Ronaldo. O Fenômeno balançou as redes oito vezes em 2002, na campanha do pentacampeonato.

A melhor arrancada na fase de grupos teve como protagonista o húngaro Kocsis. Na Copa de 1954, na Suíça, ele terminou a terceira rodada com sete gols. O centroavante inglês Harry Kane já tem cinco. Três na goleada por 6 x 1 sobre o Panamá e dois na estreia contra a Tunísia. Em tese, ele é o favorito a atingir a marca dos dois dígitos, mas a tendência é que estacione. A próxima exibição é contra a forte Bélgica. Na sequência, começa a fase de mata-mata.

A última rodada da fase de grupos desafia Cristiano Ronaldo e Lukaku, autores de quatro gols cada um até agora. Vale ficar de olho no russo Cheryshev e no brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa. Todos estão iluminados nesta Copa e brigam pela artilharia.

Na história das Copas, apenas três artilheiros atingiram a marca dos dois dígitos. O mencionado Kocsis fechou o Mundial de 1954 com 11 gols. Quatro anos depois, Just Fontaine anotou 13 vezes com a camisa da França. Finalmente, em 2010, Gerd Muller marcou 10 pela Alemanha.

Em excelente fase, Harry Kane pode ser o segundo artilheiro inglês da Copa do Mundo. Apenas Gary Lineker conseguiu o feito. Marcou seis vezes em 1986. Somando as duas participações em Copas, Lineker marcou 10 vezes na história do torneio — fez quatro em 1990. Portanto, isso dá a medida do início arrasador de Kane. Em duas exibições, o jogador do Tottenham tem metade dos gols de Lineker. O incrível é que Kane simplesmente não fez gol na Eurocopa de 2016, na França. Aqui na Rússia, desandou a marcar.

Artilheiros com dois dígitos

1954: Kocsis (Hungria), 11 gols
1958: Just Fontaine (França), 13 gols
1970: Gerd Muller (Alemanha), 10 gols

Fonte: Correio Braziliense

galego novo dez 17

 

ARGENTINA, QUATRO ANOS DE FINAIS PERDIDAS, CORRUPÇÃO E SAÍDAS EM FALSO

Argentina chances classificar Copa
Torcedores da Argentina após o jogo contra a Croácia. MAXIM SHIPENKOV  (EFE)

Três finais consecutivas perdidas, escândalos, a morte de Julio Grondona, uma saída em falso. Os problemas da Argentina na Rússia não surgiram do nada, são a conclusão de quatro anos à deriva que nem o talento de Lionel Messi podem esconder.

Veja a seguir os sete fatos mais importantes que levaram a Argentina a estar a um passo de dizer adeus à Rússia.

– Brasil-2014, o começo do fim –

A Argentina chegou à final da Copa do Mundo no Brasil liderada por Lionel Messi, posteriormente escolhido o melhor jogador do torneio. O sonho de ganhar o título 28 anos após o último, no México em 1986, era grande: Messi podia se igualar a Diego Maradona e a Argentina recuperar o cetro do futebol mundial. Mas um gol do alemão Mario Götze na prorrogação transformou o sonho em pesadelo. Desde então, ainda não conseguiram acordar.

– Adeus a Grondona, olá aos problemas institucionais –

Em 30 de julho de 2014 faleceu Julio Grondona, autoridade máxima da Associação de Futebol da Argentina (AFA) e uma das personalidades mais influentes do futebol sul-americano. Presidente da AFA desde 1979, também ocupava a vice-presidência da FIFA. Com sua morte, o organismo entrou em uma profunda crise, com muitas disputas internas e uma enorme instabilidade.

– FifaGate atinge a Argentina –

Em 28 de maio de 2015, o escândalo da FIFA chegou à Argentina: a Justiça americana pediu a extradição de três empresários desse país, entre eles Alejandro Burzaco, próximo a Grondona e diretor da empresa de marketing esportivo “Torneos y Competencias”. Mais tarde, revelaram que sua sociedade participou do pagamento de milhões de dólares em subornos a vários responsáveis da CONMEBOL

Em 23 de junho de 2016, o novo presidente da AFA, Luis Segura, outros seis dirigentes da federação, e três membros do governo argentino, foram levados à Justiça por uma investigação sobre a atribuição de direitos de transmissão das partidas de futebol, “Futebol para todos”, a cargo do governo.

“Que desastre são os da AFA, por Deus!!!!”, publicou Messi pouco depois em sua conta no Instagram. “Gostaria que a AFA fosse o que a seleção argentina precisa, que é uma potência mundial que necessita ter o melhor (…) Chega um momento que se deve mudar e fazer bem as coisas”, disse sobre o organismo, que sofreu uma intervenção pela FIFA.

– Três seguidas –

Após perder a final no Brasil em 2014, a Argentina chegou à final da Copa América do Chile em 2015 com a intenção de levantar a taça que lhe escapa desde 1993. Mas, voltou a cair, desta vez contra a seleção da casa, nos pênaltis (0-0, 1-4). Somente Messi conseguiu marcar. A ‘Roja’ da América do Sul levantou o primeiro troféu de sua história… com Jorge Sampaoli como treinador.

Apenas alguns meses depois, participaram da Copa América Centenário. Novamente, na final, a Argentina perdeu para o Chile. E nos pênaltis (0-0, 2-4). Messi disse que não jogaria mais pela seleção.

– Um adeus que não foi –

“Já deu. Para mim acaba aqui a seleção. Já tentei muito, me dói mais do que ninguém não poder ser campeão com a Argentina, mas é assim, não seu e infelizmente vou embora sem conseguir”, comentou Messi, abatido após a final, que anunciava assim a sua saída da seleção depois de errar seu pênalti na disputa com o Chile.

Algumas semanas depois, “La Pulga” voltou atrás em sua decisão.

“Vejo que existem muitos problemas no futebol argentino e não pretendo criar mais um. Não quero causar nenhum dano, sempre quis o contrário, ajudar em tudo o que puder. É necessário arrumar muitas coisas de nosso futebol argentino, mas prefiro fazê-lo de dentro e não criticando de fora. Passaram muitas coisas pela minha cabeça no dia da última final e pensei seriamente em deixá-lo, mas amo demais o meu país e essa camisa”, assinalou em comunicado após a demissão de Gerardo Martino como treinador e a confirmação de Edgardo Bauza como seu substituto.

– Chega Sampaoli, mas não os resultados –

Em 28 de abril de 2017, Jorge Sampaoli assumiu o comando da seleção quase como um salvador. Com o título da Copa América com o Chile como o seu melhor aval, o então técnico do Sevilla sucedeu Bauza com o objetivo de classificar a Argentina para a Rússia-2018, o que estava em dúvida pelos maus resultados das eliminatórias.

A equipe precisou de uma atuação história de Lionel Messi na última partida contra o Equador, em Quito. O camisa 10 marcou os três gols da vitória de 3-1 que carimbou o passaporte do país para a Copa do Mundo.

Mas nem o jogo nem os resultados com Sampaoli foram os esperados. A Nigéria venceu os sul-americanos (4-2) em um amistoso no fim de 2017 e a Espanha, em 27 de março de 2018, goleou os argentinos por 6-1, o que provocou um alerta. Messi não disputou a partida.

– Rússia-2018: crônica de uma morte anunciada? –

Apesar de tudo, a Argentina aterrissou na Rússia como favorita após uma preparação atípica, com somente um amistoso contra o Haiti (4-0). A falta de partidas de preparação pesou na estreia da alviceleste, como reconheceu Sergio Agüero depois do decepcionante empate contra a Islândia (1-1).

A tragédia aconteceu dias depois. Com a necessidade de ter um bom resultado e deixar uma melhor impressão, a Argentina foi humilhada pela Croácia (0-3), o que deixou a seleção a um passo de dar adeus à Rússia na fase de grupos.

Fonte: Isto é

galego novo dez 17

PRESENTE EM UM A CADA TRÊS JOGOS, RETRANCAS PESADAS FALHAM NA COPA

A retranca do México funcionou diante da Alemanha (Carl Recine/Reuters)

Presente em quase um terço dos jogos da Copa até agora, a tática conhecida como retranca tem dado trabalho para seleções tradicionais como Brasil, Alemanha e Argentina. No geral, porém, essa estratégia defensiva vem se mostrando pouco efetiva em termos de resultados.

A Folha analisou todas as 32 partidas da primeira e da segunda rodada, encerrada neste domingo (24). Em nove delas, a maior parte do jogo ficou concentrada na defesa e na intermediária defensiva de uma das equipes.

Nesses times retrancados, de sete a oito atletas passaram a maior parte do jogo em seu campo defensivo.

Nos demais jogos, houve um equilíbrio em termos de toques na bola e distribuição dos jogadores no campo.

Entre os times que jogaram retrancados, apenas três conseguiram vencer ou empatar.

Duas dessas partidas ocorreram na primeira rodada. Na primeira, a estreante em Copas Islândia (22ª do ranking da FIFA) arrancou um empate com a Argentina, bicampeã mundial (5ª colocada).

Foi no seu próprio campo defensivo que 8 dos 11 jogadores do time europeu mais tocaram na bola. Entre os argentinos, apenas 4 atletas ficaram mais na defesa (os dados são da empresa Opta, tabulados pela reportagem).

“Nosso sistema defensivo funcionou muito bem. Tivemos uma boa organização”, disse Heimir Hallgrimsson, técnico da Islândia.

Atual campeã, a Alemanha também parou no sistema defensivo do México, que, com contra-ataques bem armados, ainda conseguiu marcar um gol e vencer o jogo.

Os mesmos alemães parecem ter entendido como vencer bloqueios desse tipo e, na segunda rodada, conseguiram bater a retranca da Suécia.

Considerando todos os toques dados na bola na partida, a grande área sueca é onde mais houve eventos. Ou seja, eram os suecos defendendo, e os alemães, atacando.

Apesar de terem somado poucos pontos até aqui, os times mais defensivos têm dado muito trabalho. A Alemanha conseguiu bater a Suécia com gol apenas aos 50 minutos do segundo tempo (o empate dificultaria muito sua classificação às oitavas de final).

A seleção brasileira também enfrentou uma equipe que pode ser considerada como retrancada, a Costa Rica. Os gols brasileiros saíram apenas nos acréscimos da etapa final.

Philippe Coutinho chutou de bico dentro da área, e Neymar aproveitou cruzamento do lado direito, marcando pela primeira vez no Mundial.

“Estava pensando: não é possível, tudo o que a gente está fazendo e não sai gol, o Navas tirando tudo, a gente não acredita”, afirmou o técnico Tite, sobre o jogo.

Na segunda rodada, a única seleção que conseguiu ganhar pontos jogando mais atrás que o adversário foi Portugal.

Cristiano Ronaldo fez de cabeça no começo do jogo. No restante da partida, a equipe concentrou seus jogadores em seu próprio campo para garantir a magra vitória de 1 a 0 contra o Marrocos.

“Soubemos sofrer. No futebol, às vezes é preciso saber fazer isso”, afirmou Cedric, lateral direito de Portugal, quarto no ranking da FIFA, após a partida, em que enfrentaram o Marrocos (41º na lista).

O fato de as retrancas feitas por seleções com menos tradição não terem funcionado na segunda rodada fez com que resultados considerados como zebras diminuíssem neste Mundial na Rússia.

A reportagem analisou todos os jogos das duas primeiras rodadas de Copas em que uma seleção tinha ao menos dez posições acima da adversária no ranking da FIFA, no início da competição (o ranking é atualizado ao menos uma vez por ano).

Se o time favorito (com melhor ranking) empatou ou perdeu, foi considerado como resultado inesperado.

Até a primeira rodada, houve cinco jogos em que isso aconteceu, colocando o Mundial na Rússia como o segundo com mais zebras desde 1994.

Ao fim da segunda rodada, o número de jogos em que o favorito perdeu pontos se igualou ao de 2014 e ficou atrás de 2010 e 1998. Ou seja, foi apenas o terceiro maior das Copas desde 1994.

Neste Mundial, foram 10 resultados em que a seleção favorita tropeçou, ante as mesmas 10 em 2014, 13 em 2010 e 11 em 1998.

Por Folhapress

galego novo dez 17