Depois de 12 ajustes para cima no orçamento oficial, a Copa do Mundo da Rússia praticamente salvou a economia local de uma estagnação. Mas seus efeitos podem não ser duradouros. O governo estima que o torneio poderá injetar mais de US$ 14,2 bilhões (R$ 52 bilhões) na economia local. Em termos de gastos, o total passa a marca de US$ 11 bilhões (R$ 40,7 bilhões), acima do que se gastou no Brasil em 2014 e se estabelecendo definitivamente como o Mundial mais caro da história.
Avaliações apresentadas nesta sexta-feira em Moscou por integrantes do governo russo indicam que o torneio significaria 1% do PIB do país em termos de investimentos nos últimos cinco anos. Depois de uma profunda recessão por conta dos embargos econômicos e da queda do preço do petróleo, a economia russa caminha para uma recuperação.
Mas, na avaliação do FMI, ela não seria de mais de 1,5%, abaixo da meta de 2% estabelecida por Vladimir Putin, presidente russo. Para o governo, sem a Copa do Mundo nem mesmo essa taxa teria sido obtida.
Oficialmente, US$ 3,5 bilhões foram destinados apenas aos estádios, alguns dos mais caros do mundo. Mas o governo de Vladimir Putin também usou o evento para justificar gastos de US$ 6,1 bilhões em transporte e infraestrutura. Outros US$ 680 milhões foram destinados para obras em hotéis.
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