SÉRIE D NÃO TEM GOL QUALIFICADO

SERIE-D

O gol qualificado não é critério para definir a classificação para a próxima fase, ou seja, os gols marcados fora de casa não servem como critério de desempate. O Art 17 do Regulamento Campeonato Brasileiro da Série D 2018 estabelece que, em caso de empate em pontos ganhos ao final da segunda fase, o desempate para indicação do classificado o será efetuado observando-se os critérios abaixo:

1º) maior saldo de gols; e
2º) cobrança de pênaltis, de acordo com os critérios adotados pela International Board.

 

galego novo dez 17

CBF DIVULGA TABELA DA SEGUNDA FASE DA SÉRIE D

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou  tabela detalhada da segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro.

No próximo domingo (3), o América enfrenta o Imperatriz. A partida será realizada no Estádio Frei Epifânio d’Abadia, em Imperatriz-MA, às 16h.

O jogo de volta será no fim de semana seguinte. No domingo (10), o América recebe o Imperatriz na Arena das Dunas, em Natal-RN, às 16h.

 

galego novo dez 17

A SELEÇÃO QUE DESPREZA SUA GENTE

Seleção brasileira Copa 2018
Garoto chora durante confusão no único treino aberto da seleção brasileira. MAURO PIMENTEL (AFP)

Neste atípico domingo, a seleção brasileira encerrou a primeira etapa de preparação para a Copa do Mundo e embarcou rumo a Londres, onde prosseguirá com os treinamentos antes de chegar à Rússia. Enquanto o país vive um colapso de serviços em consequência da greve dos caminhoneiros, jogadores, comissão técnica e dirigentes circulavam de helicóptero entre Teresópolis e Rio de Janeiro. Seguiram para o Galeão sob forte escolta policial e tiveram cada passo no aeroporto transmitido como um estrondoso acontecimento em rede nacional. Despedida digna de uma seleção que despreza sua gente. O processo de elitização dos estádios e a frieza dos cartolas ampliaram o abismo que separa os craques dos meros mortais.

Na Granja Comary, a equipe de Tite fez apenas um treino aberto ao público. A confusão logo se estabeleceu, já que o centro de treinamentos em Teresópolis não possui estrutura para abrigar tantos torcedores. Muitos, incluindo crianças com camisas amarelas, foram barrados do lado de fora mesmo depois de passar horas na fila à espera de uma senha de acesso ao local. Sim, é preciso pegar senha para acompanhar um treino protocolar da seleção. Um treino. Quem conseguiu entrar, se acotovelava por uma selfie ou um autógrafo durante os minutos em que jogadores se dispuseram a atender os fãs. Amontoadas em uma grade que controlava a entrada para as arquibancadas improvisadas, algumas pessoas demonstraram a revolta contra o tratamento de gado dispensado pela CBF com gritos de “uh, uh é 7 a 1”, em alusão ao maior vexame da história do futebol brasileiro.

Resumo da ópera: teve tentativa de invasão, frustração e muita desorganização. Na Copa de 2014, a Granja Comary já havia reproduzido um retrato fiel da desigualdade social no Brasil. Boa parte dos treinos era aberta a torcedores, porém, somente àqueles que moram no condomínio fechado vizinho ao complexo e a seus convidados VIPs. Condôminos resolveram lucrar em cima do privilégio e passaram a cobrar por convites. Ter o nome na lista custava entre 50 e 100 reais. Os treinos “abertos” serviram só para reforçar benesses dos ricos e tornar a seleção ainda mais inacessível aos pobres.

A Copa “padrão FIFA” tinha ingressos proibitivos para quem depende de salário mínimo padrão Brasil. Houve casos de abastados que torraram até 5.000 reais pelo direito de assistir à humilhante eliminação diante da Alemanha na semifinal. O encarecimento virou regra pós-Copa. Estádios se converteram em espaços elitizados e os clubes, na esteira das novas arenas, inflacionaram a arquibancada, chancelados pela política de preços da CBF. Os jogos do Brasil em casa pelas Eliminatórias foram um acinte ao bom senso num cenário de crise econômica. Em Porto Alegre, contra o Equador, as entradas custaram, em média, 214 reais. Mais de 20.000 lugares na Arena do Grêmio ficaram vazios. Contra o Paraguai, na Arena Corinthians, que confirmou a classificação antecipada para o Mundial, o preço dos ingressos variou entre 100 e 1.000 reais. Também em São Paulo, a partida contra o Chile, realizada no Allianz Parque, alcançou renda superior a 15 milhões de reais, um recorde nacional. O bilhete mais barato, desconsiderando a meia-entrada, saía por 250 reais.

Quantos brasileiros podem se dar ao luxo de pagar 250 reais para ver um jogo de futebol? Talvez seja pouco para aquele 1% da população que concentra uma enorme fatia das riquezas, mas representa quase 1/3 do rendimento mensal de mais da metade dos trabalhadores do país. A CBF, que fatura caminhões de dólares por ano, não teve sensibilidade para compreender que um treino aberto em Teresópolis é muito pouco para um time que diz representar mais de 200 milhões de torcedores. Depois do fracasso na última Copa, a confederação sequer moveu esforços para reaproximar a seleção de seu povo. Preferiu seguir caminho inverso ao afastá-la de quem não tem dinheiro sobrando.

Um quadro ainda mais grave se levarmos em conta que, dos 23 jogadores convocados para a Copa, apenas três (Cássio, Fágner e Geromel) atuam no Brasil. Nos acostumamos a ver a seleção e nossos talentos pela TV. Interesses de patrocinadores e acordos comerciais sempre falam mais alto. Os dois únicos amistosos antes da Copa, contra Áustria e Croácia, serão promovidos no exterior por intermédio da Pitch International, empresa investigada pela Justiça americana no escândalo de corrupção da FIFA. Ao contrário dos torcedores comuns, representantes e convidados de patrocinadores da CBF tiveram livre acesso às atividades da seleção na Granja Comary.

A comissão técnica chegou a cogitar um jogo de despedida no Brasil, mas a cúpula da confederação não encontrou brecha na agenda para viabilizar o desejo de Tite. Aquele clima de oba-oba inflado em 2014, de fato, é totalmente dispensável. Mas o torcedor brasileiro, carente de ídolos e violentado pela elitização de sua própria seleção, merecia, no mínimo, uma despedida com ingressos a preços populares e estádio cheio – de preferência, o Maracanã, pelo simbolismo. Ou, pelo menos, um treino de verdade, portões abertos, como fez a Argentina ao receber 30.000 torcedores no estádio do Huracán antes de enfrentar o Haiti na mítica Bombonera. Dirigentes que mandam em nosso futebol parecem habitar outro planeta, incapazes de reconhecer o valor de quem se dispõe a enfrentar fila e pegar senha sonhando resgatar, em frações de um minuto, o vínculo perdido com estrelas tão distantes.

Por Breiller Pires – El País

 

galego novo dez 17

 

REAL MADRID E PSG, PODEM TROCAR CRISTIANO E NEYMAR, DIZ JORNAL

Real Madrid e PSG podem trocar Cristiano Ronaldo e Neymar, diz jornal
© REUTERS

As declarações de Cristiano Ronaldo após a final da Liga dos Campeões da Europa, no último sábado (26), aumentaram os rumores sobre sua saída do Real Madrid. Depois de conquistar o título diante do Liverpool, o atacante português disse que “foi bonito jogar no clube espanhol e afirmou que daria uma resposta sobre o futuro dele nos próximos dias”.

Nesta segunda-feira (28), o jornal “Gazzetta dello Sport” e outros veículos italianos disseram que os presidentes do Real Madrid e do Paris Saint-Germain, Florentino Pérez e Nasser Al-Khelaïfi, respectivamente, estariam estudando a possibilidade de fazer uma troca ousada: Cristiano Ronaldo por Neymar.

Cristiano quer ganhar um aumento, enquanto Neymar estaria insatisfeito na França. Esses pontos sustentam a possibilidade. No entanto, vale ressaltar que a troca só seria possível com a vontade dos dois jogadores.

Fonte: Notícias ao Minuto

 

galego novo dez 17

CONFIRA AS NOTAS DO TIME DO AMÉRICA NA VITÓRIA SOBRE O IMPERATRIZ-MA

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Adriano Pardal foi o melhor do América – Foto: Canindé Pereira

DANIEL:  Não teve culpa no gol que sofreu, porém é um goleiro inseguro e que não sabe sair gol. Ele não transmite segurança para seus companheiros. NOTA 4

HUDSON: Fez uma partida discreta. Foi mal nas jogadas ofensivas, porém não comprometeu na parte defensiva.  NOTA 3

NEGRETTI: Fazia uma boa partida até ser batido facilmente pelo atacante do Imperatriz-MA no lance do gol.  NOTA 5

JADSON: Fez uma boa partida, embora tenha errado alguns passes na saída de bola. Melhorou o desempenho da defesa.  NOTA 6

DANILO:  Não comprometeu na parte defensiva. Chegou bem ao ataque, mas não conseguiu definir as jogadas. Ele pecou no último passe. NOTA 6

JONATHAS: Marcou bem e ajudou na transição da defesa para o ataque. Tem subido de produção. NOTA 6

RODNEY: Embora tenha contribuído pouco na pegada do meio campo,  não se escondeu no jogo e procurou ajudar na construção das jogadas ofensivas. NOTA 5

CASCATA: Teve uma atuação apagada. Não conseguiu articular as jogadas do time. Sentiu a falta de ritmo de jogo. NOTA 3

LUCAS SILVA:  Fez mais uma péssima partida. Apesar de ser muito veloz, ele tem uma dificuldade de concluir as jogadas. Tem um passe ruim e não sabe finalizar, além de sempre fazer a opção errada no momento de passar a bola. NOTA 3

ADRIANO PARDAL: Fez bem a recomposição e ganhou quase todas do seu marcador. Fez dois gols e foi incansável. NOTA 7

FLÁVIO CARIOCA: Lutou com a zaga adversária, mas teve uma atuação discreta. Não teve oportunidade de finalizar em gol. Sua atuação foi prejudicada pela falta de jogadas de linha de fundo da equipe. NOTA 4

LOPEU: Entrou no segundo tempo e mostrou muita disposição. Fez uma bonita jogada, mas errou ao finalizar para fora. Aos poucos vai ganhado espaço no grupo e conquistando a confiança do torcedor americano. NOTA 5

LUIZ FERNANDO: Entrou no segundo tempo na vaga de Cascata e pouco acrescentou ao time. Não conseguiu organizar as jogadas ofensivas da equipe. NOTA 3

LEOZINHO:  Entrou no segundo tempo na vaga de Lucas Silva e não foi notado em campo.  NOTA 2

 

galego novo dez 17

O LEGADO DA COPA SONEGADO PELA CBF

legado Copa CBF
Marin e Del Nero, cartolas da CBF indiciados por corrupção. RICARDO STUCKERT (DIVULGAÇÃO)

O relógio na sede da CBF, no Rio de Janeiro, marcava 12h40. Há exatos quatro anos, os dois últimos mandachuvas do futebol brasileiro assinavam um pacto com o Congresso Nacional comprometendo-se a adotar medidas para combater o abuso sexual, o trabalho infantil e o tráfico de crianças nas categorias de base. Hoje, às vésperas de outra Copa do Mundo, José Maria Marin está preso e condenado por formação de quadrilha, suborno e lavagem de dinheiro. Marco Polo Del Nero, seu sucessor, banido pela FIFA. E a CBF ainda não cumpriu a promessa de proteger milhares de jovens atletas que pelejam com a bola nos pés.

Pelo acordo assinado em 2014, a entidade máxima do futebol nacional deveria implementar 10 ações a fim de evitar violações dos direitos de crianças e adolescentes em clubes e escolinhas. No entanto, no ano passado, o Congresso constatou que apenas duas medidas haviam saído parcialmente do papel. O acordo foi fechado após desdobramentos da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que apurou dezenas de casos de abuso relacionados ao futebol cometidos por treinadores, olheiros, empresários e dirigentes. A ideia era aproveitar a ocasião da Copa em solo nacional para deixar um legado em favor de meninos e meninas que praticam o esporte mais popular do país.

Legado que virou descaso. Inicialmente, a CBF ignorou o chamado da Câmara dos Deputados para prestar contas sobre o pacto em setembro de 2017, mas, no último dia 15 de maio, o secretário-geral da confederação, Walter Feldman, respondeu aos questionamentos dos parlamentares em audiência pública promovida pela Comissão do Esporte. Ele reconheceu que a situação das categorias de base no Brasil é “dramática” e que sua entidade pouco fez para combater abusos e violações de crianças no futebol. Entretanto, criticou o acordo assinado em 2014, qualificando-o como “um ato político, proselitista e de impossível execução”. Deixou explícito que o trato não foi cumprido devido aos escândalos de corrupção que levaram ao indiciamento dos três últimos presidentes eleitos da CBF.

Apesar da justificativa constrangedora, a maioria dos deputados presentes na audiência se eximiu de cobrar a confederação. Pelo contrário. Alguns congressistas, integrantes da famigerada “bancada da bola”, fizeram questão defenderam um “voto de confiança” à entidade, como Vicente Cândido – que acumula as funções de deputado federal pelo PT com o cargo de diretor de assuntos internacionais na CBF. A única que não engoliu as desculpas de Feldman foi a deputada Erika Kokay, também do PT, que presidiu a CPI da Exploração Sexual. Ela indagou o secretário: “Quer dizer, então, que a CBF assinou um pacto que não pode cumprir? A instituição que o senhor representa queria enganar o parlamento?”.

Na época da assinatura do pacto, estavam sentados à mesa o então presidente da confederação, José Maria Marin, seu vice Marco Polo Del Nero e a ex-deputada Liliam Sá, do Democratas, que era relatora da CPI. Ela rasgou elogios a Marin, que, no fim daquele ano, passaria o bastão da presidência a Del Nero. “O senhor está deixando um grande legado na sua administração. Isso é muito importante. Eu sei que o Dr. Marco Polo vai fazer também um excelente trabalho. Já vai pegar a casa pronta, não é, doutor?”, declamou Liliam Sá. Coincidência ou não, dois anos antes, a convite de Marin, ela havia sido chefe da delegação feminina de futebol na Olimpíada de Londres.

Esse é o modus operandi da CBF. Distribuindo cargos, mimos e agrados a políticos e empresários, a confederação defraudada por negociatas ilícitas constrói uma poderosa rede de poder que blinda seus cartolas de responder pelos atos da instituição. Ao debochar do pacto firmado por Marin e Del Nero, sugerindo que parlamentares perseguem e adotam discurso de “culpabilização da CBF”, o secretário Feldman copia uma estratégia comumente utilizada pelos patrões: a terceirização de responsabilidades. Foi assim que Del Nero não hesitou em atribuir a culpa pelo 7 a 1 a Felipão e Parreira depois do fiasco na última Copa. Foi assim que Ricardo Teixeira, antes de ser indiciado pelo FBI, culpou o mau humor dos jornalistas pelo atraso do futebol brasileiro.

Feldman prometeu reformular as medidas propostas pelo Congresso, disse que o combate ao abuso sexual nas categorias de base é um “compromisso consistente da CBF” – imagine se não fosse – e jurou que os clubes que não respeitarem integralmente os direitos básicos de crianças e adolescentes atletas serão impedidos de disputar competições oficiais. Qual é a garantia de que uma confederação que não honrou obrigações assumidas por dirigentes corruptos, mas que agora se vende como instituição moderna afeita à governança corporativa e ao compliance, irá, enfim, colocar o discurso em prática?

O secretário Feldman se recusou a estabelecer prazos para cumprir as promessas. Porém, não ruborizou ao cravar categoricamente que “a CBF é um exemplo de gestão para o mundo”. Por enquanto, sob o afã de que uma boa campanha na Copa da Rússia sirva de cortina de fumaça para o descrédito popular que a acompanha nos últimos anos, a CBF é só um exemplo de como escândalos de corrupção dilapidaram ainda mais nosso futebol. Por causa dos dirigentes corruptos que fizeram carreira na confederação, a FIFA bloqueou um fundo de legado da Copa superior a 300 milhões de reais. Fundo este que, entre outros projetos, deveria ter bancado medidas de proteção para que jovens atletas não tivessem seus sonhos arruinados por violências tão cruéis como o abuso sexual.

Nesses quatro anos entre uma Copa e outra, entre a assinatura e o descumprimento do pacto, foram registrados 79 casos de abuso contra crianças e adolescentes no futebol brasileiro. Diante do cenário dramático, como admitiu o secretário, a CBF responde com passividade, ironias e mais promessas. O legado da Copa, pelo menos para os futuros jogadores do Brasil, foi um mero acordo de fachada, que, segundo a confederação, não deveria nem ter existido porque seus cartolas, pobrezinhos, eram corruptos demais para cumpri-lo.

Por Breiller Pires – El País

 

galego novo dez 17

SELEÇÃO BRASILEIRA EMBARCA PARA COPA SEM TORCIDA

Seleção Brasileira embarcou para Londres, última etapa de preparação para Copa do Mundo da Rússia, neste domingo (27/5), deixando para trás um país caótico com a crise de abastecimento, governo fraco com altos índices de impopularidade, de acordo com as últimas pesquisas, e muitas incertezas na torcida, ainda distante do time de Tite e pouco interessada na Copa que se avizinha.

Na despedida do escrete, tendo como ponto de partida a sede da CBF no Rio até o aeroporto do Galeão, poucas pessoas apareceram nas ruas para desejar boa sorte aos jogadores. Difícil identificar se ausência da torcida é efeito da paralisação dos caminhoneiros  – segundo a imprensa, com perdas estimadas ao país de R$ 10 bilhões nos últimos cinco dias – ou apatia com a Seleção, a menos de um mês da estreia na Rússia.

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Paraná na semana passada, 66% dos entrevistados afirmaram ter pouco ou nenhum interesse na Copa, enquanto 14,5% não sabem nem onde será disputada a competição, informa agência AFP.

Neste clima de pouco otimismo do torcedor comum, comércio fraco de adereços verdes-amarelos, ruas sem pinturas de símbolos do Mundial, nem bandeirinhas nem camisas da Seleção a adornar a população, Tite espera ajustar a engrenagem nesses últimos 15 dias de preparação na Europa antes de pisar no território russo em 11 de junho.

erá dois amistosos – Croácia e Áustria – para definir de uma vez por todas o time titular. Por enquanto, sua maior dúvida é Neymar, na reta final de recuperação de três meses de uma fratura no pé direito.

“Expectativa de que Neymar esteja à disposição para o primeiro amistoso (dia 3 contra Croácia em Liverpool). Foi submetido a uma carga de trabalho importante nesta semana (em Teresópolis), respondeu super bem. É claro que ele ainda precisa de um tempo de adaptação, de se sentir cada vez mais seguro. Essa fase de dois amistosos é importante para que ele possa se sentir cada vez melhor e preparado para a Copa do Mundo”, disse Rodrigo Lasmar, médico da Seleção, antes do embarque para Londres.

Neymar também está otimista, mas não esconde sua aflição depois de três meses no estaleiro.

“A Copa é um sonho. Um sonho que espero que não seja interrompido mais uma vez (se machucou nas quartas de final da Copa de 2014). Já tive algumas dificuldades que estou tendo agora. Perder o medo demorar um pouco. Tem nada que possa me impedir. O receio que sinto é por estar três meses parado. Cem por cento ainda não estou. Isso é com o tempo. Há um receio de fazer os movimentos totais. Ainda faltam alguns dias para a estreia (na Copa)”, disse Neymar a poucas horas do avião decolar.

Tite não pensa apenas em Neymar. No voo do Rio a Londres deve matutar a respeito da melhor formação da Seleção.

No gol já definiu Alisson, goleiro da Roma, como titular.

Nas laterais, adiantou que Danilo sai na frente de Fagner, ainda em recuperação de lesão muscular e sem aprovação da torcida, na lateral-direita. Na esquerda, Marcelo, que acaba de faturar a Liga dos Campeões com Real Madrid, é absoluto. Filipe Luís, há pouco recuperado de fratura na fíbula, é reserva inconteste.

Na zaga, Marquinhos e Miranda têm a preferência de Tite, mas Thiago Silva, ainda sob desconfiança da torcida por causa do chororô na Copa de 2014, cresceu de cotação com o treinador. Geromel é reserva.

No meio-campo, Casemiro, outro supercampeão com Real Madrid, tem vaga carimbada. Fernandinho é seu imediato. Paulinho é outro garantido. Ao seu lado, Renato Augusto perde terreno e pode ceder o posto a Fernandinho ou Philippe Coutinho, dependendo do adversário.

E no ataque, Gabriel Jesus sai na frente de Firmino. Willian joga se Coutinho for descolado para ser um meia. Neymar, em forma, é inquestionável.

Taison seria reserva mesmo nos amistosos e na Copa. O problema é que Douglas Costa, imediato de Neymar, se apresentou com lesão na coxa e abriu espaço para Taison, um dos mais questionados pelos analistas e torcida na lista de Tite.

“É a chance que todos procuram. Estou trabalhando para isso, estou à disposição. Torcendo pela recuperação do Douglas, Neymar… Temos que estar unidos, e todos buscamos estar disponíveis. Não me incomoda (as críticas). Torcida tem direito. Todos vocês (imprensa) têm direito de falar, escutar, é o trabalho de vocês. Estou muito tranquilo, tenho confiança do grupo, comissão técnica, que foi assistir aqui aos meus jogos. Estou muito tranquilo”, disse Taison antes do embarque.

Tite gosta de Taison. Assim como venera Zagallo, supercampeão na Seleção tanto como jogador como treinador, e se sente honrado com Carlos Alberto Parreira, campeão do mundo na Copa de 94, a elogiar seu trabalho.

Não por acaso, Zagallo e Parreira foram convidados a visitar o escrete na Granja Comary durante a semana de treinamentos, a primeira e última parada da Seleção no Brasil antes embarcar para Londres.

O treino de despedida na Granja teve invasão de torcedores, muita pajelança dos fãs e protestos dos que não conseguiram se aproximar dos jogadores. “Uh! é 7 a 1” gritaram em Teresópolis.

Pois é, Tite e sua trupe decolaram neste domingo com muitas dúvidas e uma certeza absoluta: Brasil não pode repetir na Rússia-2018 o vexame de 2014.

Quando desembarcar em Moscou, dia 11 de junho, a Seleção vai subir no ônibus oficial da Copa com a frase estampada nas laterais “Mais que 5 estrelas, 200 milhões de corações”. Cinco estrelas, o time brasileiro já tem bordadas na camisa amarela, 200 milhões de corações por enquanto não.

Por Luiz Antônio Prósperi – Carta Capital

 

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